5.9.13

Talk Show on Mute.

Gotejo nos teus canais auriculares.
Meus credos exibidos.
Em pay per view.
Rum à rum.
Eu os conto.
Você pode conferir mais tarde.
Em dias crônicos como esse.
Não há leito que me salve.
De toda essa melancolia confeitada
De domingo.
Por aquela moça que fica dançando
Silenciosamente.
Ao fundo.
Tranquila e silenciosa
Aquela ovelha eletrônica deve estar sonhando com seu rosto.
Sereno que abençoa o lado oposto.
Talvez de tão perto assim.
Eu ainda possa te vê.
Esmo à si.
Eu nunca sei.
Mas você sempre SAP algo.
Que eu não escuto.
Me tenho tanto nú teu discurso.
Que saí e nem me despi direito de você.
Dos teus ossos de galhos de árvores.
Atravessados em meu corpo.
Derramando a tua seiva em minha boca.
Pra lavrar em minha aorta.
O curso incerto dessa oração.
Onde eu lera um dia que não se pode ficar acordado.
Enxaguando os olhos com uísque destilado.
Da tua pele.
Expondo em stand-by.
Imagens monocromáticas.
Surround tuas lembranças em meus ouvidos.
E inscreve em céu corpo.
Nublado em outras línguas que não as nossas.
Monopoliza minhas vias de acesso
Com tuas h
istórias inventadas.
Que de tanto parecerem verdade.
Sou testemunha.
Ocular.
Desafogos desse teu artificio.
Eu deixaria que você me lavasse.
De toda minhas certezas pré-cozidas.
Mesmo que não foice minha vontade.
Eu odeio dizer isto.
Mas as tuas luzes ainda estão acessas.
E qualquer um pode enxerga-las.
Mesmo que não possuam velas.


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