Bate na porta
toda incerteza
As dúvidas entram
pelos fundos sem pedir licença
A monotonia
repousa sobre os móveis
da sala
A poeira
repousa sobre seus ombros
O pó que restou de si foi varrido
com toda a sujeira
pra debaixo do tapete
de pele
que cobre o chão.
da alma
Pacientemente descortine as janelas
Corra ao corredor
As alucinações estão num quarto
de minuto
Verdades dormem no quarto ao lado
em cobertas
Vozes se deleitam
com o mais puro mel dizer
na cozinha
No quartinho dos fundos
as pulgas
festejam atrás das orelhas
A Liz floresce no quintal
em meio as lembranças
quase secas
estendidas no varal
Pela rua a fora
o menino brinca de ser Deus
com suas bolas de gude
Entre sem bater
Acenda a luz quando for sair
(Fernanda B. )
Disponível originalmente em: http://ferdrama.blogspot.com.br/2013/09/blog-post_7997.html
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