27.8.13

Hesperus

De escárnio minha pele com tuas unhas.
Me unge com os teus olhos.
De fritura.
E me cobre derretido de alguma crença sagrada.
De algum segredo velado no corpo de uma criança pagã.
Posto sobre o teu mural.
Alguma oração indireta.
Doze apostos feitos à giz de cera.
Em tua coluna horizontais mentiras.
De alguém que não conhece a verdade.
Que só a vil disfarçada de enquantos distorcidos.
Pela palavra.
Em nome do pai e do filho.
Que nunca concebeu em seu ventrículo uma linha tênue.
Entre o amoral e o bem vestido.
Veste mentes que encurtam as horas.
Vistes o quanto seu ainda escorre por cada casa.
Desse rosário.
E entre tantos panos que não deram certo.
Você ressuscita o corte primeiro dessa navalha.
E valha aos teus santos onde esconde-esconde.
A tua fé.
Eu cortei até desesperar você voltar.
Com alguma sombra ao moço.
Que vem trazer as correspondências.
Que não são entregues à você.
Toda voz que aos teus ouvidos.
Não escutam a fome de quem não tem nada.
Pra beber.

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