Com todo o cuidado e esmero.
Me senti empoeirado. Ao vivo que me vi.
Com vida, os teus olhos.
A passearem em minhas suturas. Dançar sobre costelas expostas.
Dispostas a deitar no final da tarde.
Mas quando chego perto de você me sinto tão perto de casa.
Se acaso você souber onde eu moro, diz a minha mãe que só vou chegar quando eu souber.
Porque não me pareço com o que vejo na TV quando não consigo liga-la.
Porque tuas unhas roídas e os teus credos conduzem os meus sentidos numa valsinha de Chico, Feita em 41.
Eu faço de conta que me encontrei no meu discurso ensaiado ao espelho.
Só pra ter coragem de te dizer algumas bobagens sobre Deuses pagãos.
E como somos tão ateus de nós mesmos.
E tocamos a mesma canção o dia inteiro.
Presos e prosas.
Na função repeat do tocador de fitas que você não tem.
Mas me tem em seus olhos.
Escuros, em posição fetal.
Escudos forjados na esquina do teu quarto.
Ligando pontos desconexos e estações de rádio às cegas.
Me segue. A nossa parada é a próxima.
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