Balança tua espada.
Com os teus abraços.
E arranca do peito o aperto de ser só.
Ri de tua sina.
E se ensina à ser de si um pouco mais de lá.
Sem dó. Jônicos. Nem diminutos que te escondem.
Atemporais em tuas têmporas.
Há tempo de sobra pra tu e nem percebes.
Petrus tu és tão perto do nada.
Do acaso que te provém.
Que às vezes te invejo quando te vejo não sendo de ninguém.
Tu és filho do incerto. Dos versos inversos que não foram escritos.
Inscritos em tua pele.
Da corda que acorda os teus instintos.
Já tão extintos em mim.
Forjados outrora em métricas.
Os teus sentidos são só teus.
Petrus, tu és filho do ventre e do vento.
Do invento. Moinhos.
Do intento. Dragões.
De vidro e de açúcar.
És filho teu, Petrus. E só à tu pertence a tua pertença.
A tua sentença.
Pena de liberdade perpétua.
Estás preso do lado de fora de um abraço.
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