22.9.12

O Último Alquimista.

Agosto
Com gosto de batom preto na boca.
O último alquimista acorda inóspito.
O pescoço cheirando a perfume barato.
O terno amarrotado, manchado de sacanagem, grafite e solidão.
Veste-se de vazio e se levanta
Vazio.
No aquário, na geladeira, na pia e em sua alma.
E ele segue o seu roteiro de filme pornô
Sem falas. Fálico.
Fugaz.
O útima alquimista corteja seu velho rosto no espelho do banheiro.
Velho rosto novo da semana que começa.
Pra que termine,
com a mulher da faxina limpando o sangue do seu pulso
Que escorre.
No ralo, ralo, do banheiro.


Um comentário:

  1. Precisa dizer que eu adorei?? Tá ótimo!! Sabia que se vc o fizesse sem minha intromissão ele sairia muito melhor kkkk
    Parabéns!

    ResponderExcluir

Arquivo-me