Corrimões que estreitam-se.
A passagem que lhe cobra.
Cobra caro, e a encobre.
Mas meus dedos encobrem os seus olhos.
E os leva pra longe dali.
E a lava da lava que te queima.
Nas escadarias que se confundem.
Nos confudimos.
Degraus de carne, entrelaçam-se sobre retalhos de cetim.
Desenhos de arvores e passáros, rabiscados na parede.
Mas teus olhos continuam fechados. E você não os vê.
Eles enconstam. O cheiro forte também.
Cheiro de cavalo, molhado de cinza. De pasto. Passado, Razão.
Cheiro do normal.
Ojeriza os. E olha pra mim, como se pedisse minha aprovação.
Mas eu não tenho boca. Só mãos.
Cheiro de chifre, queimado na chuva. Na água.
E você olha pra mim outra vez, continuo sem boca.
São dois. Doze ! Doces. E seus olhos pintados.
Choram chorume. E gargalham rasgos no céu.
Eu seguro a tua mão, e te arrasto.
Mas eles te seguem. Querem algo que você tem ?
Tua sanidade ? A chave desse lugar ? O que te prende à ele ?
Eu não solto os teus dedos, e não os soltarei.
Até sentir, que eles não vai mais te seguir.
Se te seguirem por uma vida inteira, aqui você estará à salvo.
Se preciso for, me corto, e os despisto, o açúcar, mascavo, do meu sangue os manterá distante.
Nesse instante. Na estante. Onde guardas você .
Portanto não esquece, que és a menina, a menina que pintou os olhos dos centauros.
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