15.3.11

Apenas devaneios

 Às vezes eu fico tentando me enxergar daqui há alguns anos, mas não consigo vê nada, nem se quer alguma imagem distante, tudo é tão encoberto pelo nevoeiro da incerteza.
Planos são feitos, metas traçadas, mas até onde elas podem chegar ?
A ideia do "imprevisível"  me assusta e me encanta ao mesmo tempo.
Fico me perguntando, por exemplo, se daqui à dez, quinze anos vou caminhar pelo parque sentido a mãozinha do meu filho (a) segurado à minha, se vou leva-lo e busca-lo à escola e como será nossa relação, se vou sentá-lo ao meu colo nas noites antes dele dormir, e poder compartilhar à ele as coisas que vivi e aprendi até ali, se vou chegar cansado do meu trabalho e ser recepcionado pelo cheirinho do prato preferido meu e da minha esposa,  se vamos ter a liberdade de poder nos recostar um sobre o outro e compartilhar as emoções vividas no que dia que passou, e ali ficarmos até então pegarmos no sono. 
Como serão meus dias !? Será vou me adaptar às inúmeras mudanças que a vida preparou pra mim ?
Me pergunto sobre tanta coisa, que logo nem sei sobre o que estava pensando. É como seu estivesse caindo num abismo interminável e rapidamente me segurasse nas coisas que me fazem está fora dele, as coisas que me fazem me prender na certeza ... a certeza de não saber de nada, ou quase nada.

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