10.6.10

Prólogo


Naquele momento em suas pequenas mãos, entre os seus dedos, pouco a pouco esvaía o restante de  esperança que ela ainda corajosamente cultivava , mas ela os fechava bem a ponto de quase machucar a palma da sua mão, parecia não doer, mas se o fizesse ela também não se importaria, não se importaria com a sua dor.
As lágrimas percorriam sua face e misturava-se com a chuva que irônico e quase que desenhadamente molhava suavemente aquele cenário.
Ela resistia ao cansaço e lutava com a força que nem tinha mais.
Aos poucos inclinou o seu rosto sobre os nossos e um a um beijou no alto da testa, naquele momento senti seus lábios quentes tocando meu rosto gélido e machucado.
Abri lentamente meus olhos e sussurrei algumas palavras..
- Amor ...
Ela sorriu e me olhou profundamente,
- Oi eu estou aqui, descanse nada irá te fazer mal. Disse calmamente.
- Eu .. Eu acho que nada mais te faz diferente dos anjos.. Nada meu amor.
Ela me olhou e sorriu, como um personagem de conto de fadas, um sorriso lindo que me dizia que estava a salvo, que eu estava bem.

                       Prólogo do romance - Lembranças de um sorriso

Um comentário:

  1. Anônimo11.11.11

    Você é PERFEITO! Só penso nessa palavra quando leio esse prólogo.
    Eu te amo muito, s2

    Nil Alves

    ResponderExcluir

Arquivo-me